Devido a grande
incidência do molusco na escola e em diversos bairros do município de Alto
Alegre dos Parecis, os alunos do 2º ano “A” da Escola Estadual Artur da Costa e
Silva foram convidados a realizar a coleta e descarte desse caramujo invasor.
No ano de 2014, foi realizado coletas do molusco na escola, entretanto, no
corrente ano novamente a escola estava infestada do molusco necessitado de
coleta manual. Os alunos prontamente aceitaram o desafio, reconhecendo a importância
de manter o controle do invasor.
O caramujo-gigante-africano, Achatina fulica, é um
molusco oriundo da África. Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década
de 80, com o intuito de substituir o escargot.
Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita
entre os consumidores, fazendo com que muitos donos de criadouros os liberassem
na natureza, sem tomar as devidas providências.
Sem predadores naturais, tal fator,
aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal,
permitiram com que esse caramujo se adaptasse bem a diversos ambientes. Em um
único ano, o mesmo indivíduo é capaz de dar origem a aproximadamente 300 crias.
Além de destruírem plantas nativas e
cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação, e competir
com espécies nativas – inclusive alimentando-se de outros caramujos; tais
animais são hospedeiros de duas espécies de vermes capazes de provocar doenças
sérias. Felizmente, não foram registrados casos em que essa doença, em nosso
país, tenha sido transmitida pelo caramujo-gigante.
São elas:
- Angiostrongylus costaricensis: responsável pela angiostrongilose
abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes
aos da apendicite;
- Angiostrongylus cantonensis: responsável pela angiostrongilíase
meningoencefálica, de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal.
Abaixo algumas fotos:
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