quarta-feira, 3 de junho de 2015

8° ano - Teatro "A cigarra e a formiga"



Teatro apresentado no projeto de leitura pelos alunos do 8º ano.













O CIGARRA E A FORMIGA

NARRAÇÃO - Era uma vez, em uma floresta não tão distante daqui, com muitas árvores, ar puro.....Ahh!!! uma tranqüilidade só.

CIGARRA - (canta)- Esse mundo me deve muito (2X)

NARRAÇÃO - Essa não!! Que barulho horrível. Ah!! Lá vem ele! Bom!! É isso aí...A história começou. Tchau!!

CIGARRA - Ei, onde você vai? Espera aí...não vai contar a minha história?

NARRAÇÃO – Sai fora!!!

CIGARRA - Eu sou o cigarra, mas podem me chamar de Ci, o maior cantor do pedaço. Ah!! Já que estou aqui vou mostrar para vocês a minha nova canção, eu mesmo que fiz. Deixa só eu pegar aqui o violão...será o maior sucesso em todas as florestas do mundo. Esse mundo me deve muito (2x). Não exagere pra quê se cansar. Formigas bobas sempre a trabalhar. Vamos tocar, cantar e dançar. (canta uma música desafinada)

FORMIGA (interrompe a cantoria) - Ei, ei... PARE! Que horror! Só podia ser você mesmo. Seu desocupado. Fazendo uma barulheira dessas...

CIGARRA - Olá dona Formiga, quanto tempo, hein? E a senhora sempre de bom humor.

FORMIGA - Não me venha com conversa fiada, que eu tenho muito o que fazer...E pare com essa barulheira.

CIGARRA - Sempre de bom humor e com muita pressa... Que tal tirar um tempinho para relaxar?

FORMIGA - Relaxar? Ora, não me venha com besteiras. Você sabe muito bem que o inverno está chegando, e eu tenho que estar preparada para quando isso acontecer.

CIGARRA - Ora Dona Formiga, o inverno ainda vai demorar a chegar. Vamos aproveitar o verão. Muito sol, verde, música...

FORMIGA - Não acredito que estou aqui parada ouvindo essas tolices. E agora, chega dessa chiadeira que eu tenho muito trabalho pela frente.

CIGARRA - Boa idéia formiguinha, enquanto você trabalha eu ensaio. Ouvindo uma boa música o seu trabalho ficará assim, muito mais leve. Entendeu?

FORMIGA - Ora!! Boa música? Não sei como você pode chamar isso de música.

CIGARRA - Falando em música, Dona Formiga, poderíamos até formar uma dupla, hein? O que acha? A dupla poderia se chamar CigaMiga, ou melhor ainda, CigaFo...tá bom, tá bom, poderemos até colocar então Formigarra.Faríamos o maior sucesso.

FORMIGA - Uma dupla, uma dupla, ora! Onde já se viu, uma formiga da minha categoria, fazer dupla com um sujeito como você. Era só o que me faltava. E agora, passe daqui, senão você vai ver só uma coisa. Soldado!!!!!

(Soldado empurra a cigarra e sai).

CIGARRA Ai, ai....do que será que ela não gostou? Será que foi do nome da dupla? Não sei porque tanto mal-humor. Mas, deixe pra lá, vou continuar ensaiando. Tenho uma carreira linda pela frente. Já posso até ver meu nome lá em cima brilhando e o povo gritando: Cigarra, Cigarra, Cigarra...

NARRADOR - Ah! Nem acredito. O silêncio de novo. Bom! Vamos continuar. Nessa floresta, nem tudo era tão tranqüilo assim. Como vocês já puderam ver, ou melhor, ouvir, moravam ali na mesma árvore, apenas com a distância entre a raiz e o primeiro galho, a cigarra e a formiga. É, vocês podem até não acreditar, mas eram vizinhos aqueles dois. Daí... já dá pra imaginar o que vinha de confusão...Todo dia era a mesma coisa....uma cantoria e uma vassourada...outra cantoria e outra vassourada.

CIGARRA - Olá Dona Formiga! Que belo dia hein?

FORMIGA - Você de novo, essa não.

CIGARRA - O que é isso dona Formiga? Só queria lhe mostrar a minha nova canção.

FORMIGA - Sai pra lá com essa música. Porque você não arranja alguma coisa para fazer? Um trabalho, por exemplo.

CIGARRA - Ué! Eu não entendo você Formiguinha. Estava compondo uma canção até agora. Quer ouvir?

FORMIGA - Vejo que com você não tem conversa mesmo. E, agora, me deixe trabalhar. Tenho que abastecer as tulhas. Esse sujeito é muito folgado. Só pensa em cantar e cantar. Quero ver quando o inverno chegar. A única coisa que vai cantar, ou melhor, roncar é o seu estômago, e de fome.

NARRAÇÃO - E, assim, os dias de verão foram passando e passando. A Formiga, como não poderia ser diferente, acordava cedo e logo já estava no trabalho puxando uma folha aqui, outra ali. E, no seu caminho, lá no galho da árvore, estava a Cigarra, todo dia com uma canção nova.

CIGARRA - Nossa! Vocês sentiram isso? Um vento gelado passou bem aqui nas minhas costas. Vocês não sentiram? Ai, ai, ai. Será que é o inverno que está chegando? Não, não pode ser. Ainda temos muito verão pela frente.

NARRAÇÃO - Nessa floresta, o inverno era tão rigoroso, tão forte que até caia neve. As árvores ficavam secas. E, agora, a última folha tinha caído.

FORMIGA - Corram, corram todos. O inverno chegou. Rápido. Todos para suas casas. O inverno chegou!

CIGARRA - O que? Não pode o inverno chegar assim tão rápido. Cadê o sol? As flores? As folhas? A comida? Como vou agüentar nesse frio? Ei, e eu? Para onde vou?

NARRAÇÃO - E a cigarra ficou por ali mesmo, sem saber o que fazer. Já estava quase congelada, quando se lembrou da sua amiga Formiga. Com uma asa arrastando, foi até lá pedir ajuda.

CIGARRA - Dona Formiga! Dona Formiga! (toc, toc)

FORMIGA - Ora! Quem pode estar lá fora com um frio desses?

CIGARRA - Sou eu, Dona Formiga. Por favor, abra a porta antes que eu congele.

FORMIGA - Essa voz, essa voz eu conheço...Cigarra?

CIGARRA - É, sou eu mesmo. Será que você não teria um lugarzinho quente aí na sua casa? E se não fosse abusar, um pouco de comida. Estou morrendo de fome.

FORMIGA - Ora! Ora! Se não é a super estrela da música que não queria saber de trabalhar. Eu lhe avisei, não avisei? Se não fosse tão preguiçoso, teria construído uma casa para você e guardado alimento durante o verão. Agora não venha bater na minha porta. Fora daqui!

NARRAÇÃO - É, não teve jeito. Pobrezinho da Cigarra. Ficou ali estendido no chão duro, bem na porta da Dona Formiga, todo coberto de neve. E assim termina nossa história...

FORMIGA - Não!!

NARRAÇÃO - Não?

FORMIGA - Ah!! Está fazendo tanto frio lá fora... Tenho tanta comida aqui dentro. Capaz até de estragar.

NARRAÇÃO - A Formiga, então, não pensou duas vezes, foi até a Cigarra que estava lá estendida no chão e com um xalinho de paina a embrulhou e trouxe para dentro de sua casa. Depois de alguns chacoalhões e outras tantas xícaras de chá quente a Cigarra voltou à sua cor natural. Em volta da mesa, enquanto lanchavam a conversa corria solta.

CIGARRA - Ah! Pode deixar Dona Formiguinha que eu dou uma ajeitada na mesa e... essa louça eu lavo!!

FORMIGA - Hum! Vejo que você possui outras habilidades também...

CIGARRA - É!! Saí de casa muito novo...Tinha esse sonho de um dia ser cantor... Então... Desde muito cedo tive que aprender a me virar!

FORMIGA - Sabe Seu Cigarra...até que sua música não é tão ruim assim...tenho que confessar que as vezes o nosso trabalho aqui em baixo fica muito mais leve enquanto você canta.

CIGARRA -   Ô Formiguinha, nem me fale uma coisa dessas, olhe só... fico todo emocionado.

FORMIGA - Eu também quando era criança pensei em ser cantora, tocar um instrumento, como vocês cigarras...mas, na minha família há uma tradição muito forte, ninguém nunca saiu para fazer outra coisa!

CIGARRA -   É...entendo!

FORMIGA - Se não for abusar, posso te pedir uma coisa? Será que você não poderia.. (sem jeito de dizer) é, você sabe...me ensinar a tocar alguma coisa?!

Cigarra - Mas é claro formiguinha, com o maior prazer...Deixa só eu pegar o violão. Aqui está, segure ele assim...Agora e só colocar esses dedos aqui e com a outra mão bater na corda assim... (som do violão). Muito bem até que você leva jeito!! Vamos lá!

(cantam uma música) - Sonhar nunca desistir, ter fé, pois fácil não é nem vai ser. Tentar até se esgotar suas forças o que tenho quero dividir pra ostentar esperança levar e o mundo sorrir

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